Não. Tu não sabes nada.
Porque é que para ti tudo tem de ser certo e exacto, não sei. Tu não sabes nada, só sabes números e fórmulas e palavras caras. Tu não sabes nada, à excepção daquilo que nunca mudará. Tu não sabes o rio e o céu porque o amanhã pode não querer levantar-se, tu não sabes o amor e o toque de alguém porque isso te pode fugir entre as mãos, tu não sabes escrever palavras básicas porque o seu significado não é específico, tu não sabes nada. Tu não és como eu, há demasiadas controvérsias na tua vida complicada, e tu não sabes nada, tu não sabes o quão maravilhoso é acordar e não saber nada, tu não sabes a frescura da ignorância química e matemática, tu não sabes nada.
Eu escrevo tragédia e amor, eu escrevo o que o meu coração manda para as minhas mãos e tu não sabes o que é isso, tu não sabes nada para além da escrita correcta e das palavras específicas, tu não sabes escrever nada para além do que a tua cabeça exige e do que eles querem ler, tu não sabes nada.
Os teus textos talvez façam mais sentido que os meus, talvez, mas tu não sabes nada para além disso, do sentido. O que escrevo está vazio? Tu não sabes nada, tu não és como eu e nunca vais saber se as letras do meu papel estão meias vazias ou meias cheias, porque eu escrevo tragédia e amor e tu não sabes isso, tu não sabes nada, não sabes mesmo nada, e hoje vais sentir pela primeira vez a frescura que é a ignorância.
Com amor.
Porque é que para ti tudo tem de ser certo e exacto, não sei. Tu não sabes nada, só sabes números e fórmulas e palavras caras. Tu não sabes nada, à excepção daquilo que nunca mudará. Tu não sabes o rio e o céu porque o amanhã pode não querer levantar-se, tu não sabes o amor e o toque de alguém porque isso te pode fugir entre as mãos, tu não sabes escrever palavras básicas porque o seu significado não é específico, tu não sabes nada. Tu não és como eu, há demasiadas controvérsias na tua vida complicada, e tu não sabes nada, tu não sabes o quão maravilhoso é acordar e não saber nada, tu não sabes a frescura da ignorância química e matemática, tu não sabes nada.
Eu escrevo tragédia e amor, eu escrevo o que o meu coração manda para as minhas mãos e tu não sabes o que é isso, tu não sabes nada para além da escrita correcta e das palavras específicas, tu não sabes escrever nada para além do que a tua cabeça exige e do que eles querem ler, tu não sabes nada.
Os teus textos talvez façam mais sentido que os meus, talvez, mas tu não sabes nada para além disso, do sentido. O que escrevo está vazio? Tu não sabes nada, tu não és como eu e nunca vais saber se as letras do meu papel estão meias vazias ou meias cheias, porque eu escrevo tragédia e amor e tu não sabes isso, tu não sabes nada, não sabes mesmo nada, e hoje vais sentir pela primeira vez a frescura que é a ignorância.
Com amor.
7 comentários:
é tudo muito muito belo!!!
Nem todos são afortunados com a tragédia e o amor, nem todos têm o dom de escrever tragédia e amor. Porque escrever bem, não palvras caras e bonitas, não é coerência e coesão, é sentimento.
E nós partilhamos isso, o sentimento
Ly
Não são palavras*
Muito bonito.
É bom ver que as palavras belas não acaba, =)
Xiiiiii!!!!!! Que tacada!!!!!!
Nem sei se ele se vai aguentar!!!!Lindíssimo texto!!!
Este é que vai já já para o meu blogue caríssima sobrinha!!!
Já lá está. Tive que vir aqui outra vez deixar-te os meus parabéns por este texto excepcional!
A Vera Matias na busca da Ignorância Douta de Ver e não Saber nem quê nem como nem porquê, de Amar e não saber porquê nem para quê nem até quando ou se sem fim, de Estar e não saber onde; de Fruir o passar do tempo e não saber se é tempo se é não tempo ou terna Eternidade, de teclar e não saber quem tecla se eu se um bichico que dormwe em mim, de Rezar e não saber da sombra da parede por não saber se é sombra se é mãe se é irmão se é donzela amada, de Abrir o coração e não achar espaço que falte pois lá em tão pequenino orgão tudo mas tudo tudo cabe da incompreendida vida.
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