segunda-feira, 7 de abril de 2008

Cinco E Vinte Da Tarde .

O caminho do sangue pelas minhas veias tornava-se difícil, e a função dos meus sentidos desvanecia. Já não sinto o teu perfume, já não recordo o sabor da tua boca na minha, esqueci por momentos a cor avelã dos teus olhos. Eram cinco e vinte da tarde e seguindo a rotina habitual foquei o meu olhar no teu. E foi então que eu vi. Para mim a vida perdeu o sentido, se é que alguma vez existiu um. A passagem do sangue pelas minhas veias tornou-se difícil, e nas artérias, Oh!, aí era quase impossível. O meu coração batia com mais força, com uma intensidade bruta, mas eu sentia falta de vida, sentia-me vazia de mim.Eram cinco e vinte da tarde e vi o teu olhar no dela. Os teus olhos tinham um caminho traçado e nada ia mudar isso, estavam perdidos na imensidão do seu corpo e reflectiam a alegria que te ia no coração. Eram cinco e vinte da tarde. E tal como um dia fizeste com que me apaixonasse por esse teu olhar, nesse dia, às cinco e vinte da tarde, mataste-me com ele.

1 comentário:

Raul Martins disse...

Olá Vera!
Voltei aos teus textos e reli os "Cinco e Vinte da Tarde" e queria colocá-los no "Por um mundo melhor" na rubrica "CORAÇÃO ADOLESCENTE" se estiveres de acordo. Pode ser? Queria colocá-los na Quinta-feira.
Um sorriso.