Os sorrisos e amores já há muito haviam voltado, a razão de acordar todos os dias já há muito a encontrara, mas nada como hoje, nada com voltar das férias, como voltar a casa e perceber, perceber que de facto havia alguém ainda a olhar para o mesmo caminho que eu, e desta vez não estava do lado de lá, estava junto a mim, a olhar em frente. Eu estava bem, pelo menos parecia-me que assim era, mas hoje que voltei a casa percebi que não, que a única coisa que eu havia estado nos últimos tempos era confortável, aconchegada e mentalizada dos factos e do dia-a-dia.
Mas hoje voltei de férias e as influências daquele lugar mostraram-me a verdade, que de facto eu não estava bem, estava somente aconchegada e mentalizada dos factos e do dia-a-dia. Hoje que voltei a casa senti outra vez um arrepio frio, e estava calor. Senti outra vez uma dor confortável, e uma doença que demonstrava vida. Tinha saudades de me sentir assim, tão insegura, tão simples.
A verdade é que eu voltara a casa das férias da alma, e a verdade era também que viajar pelas constelações da Via Láctea e olhar o Sol e as estrelas cadentes me tinha mostrado que eu não estava bem, e me tinha mostrado também que eu tinha saudades, saudades de me sentir assim, tão insegura, tão simples, tão apaixonada outra vez.
P.S. Train – Drops Of Jupiter
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