domingo, 29 de novembro de 2009

É ele, foi sempre ele.

Pousei a mão no teu ombro como sempre fazia, mas desta vez tu sabias que nada ia ser igual. Desci-a pelo teu braço abaixo, as tuas veias dilatadas na ponta dos meus dedos, a tua pele a arrepiar-se a cada toque meu. Peguei-te na mão, agarrei-a com força e apesar de não te conseguir olhar nos olhos sabia que as lágrimas te escorriam pela cara, tu sabias que nada ia ser igual agora, apertei a tua mão contra o meu peito, respirei fundo e contei-te a verdade, É Ele, Foi Sempre Ele, sinto a vida a fugir-te do corpo, estou a tirar-te a alma, a matar-te devagar e isso desfaz-me o coração mas eu não posso, eu não posso continuar com isto, eu não posso desistir da única forma de vida que sempre conheci, É Ele, Foi Sempre Ele, desculpa.

domingo, 22 de novembro de 2009

"My hands are searching for you
My arms are outstretched towards you
I feel you on my fingertips
My tongue dances behind my lips for you
This fire rising through my being

Burning I'm not used to seeing you

I'm alive, I'm alive

I can feel you all around me
Thickening the air I'm breathing
Holding on to what I'm feeling
Savoring this heart that's healing

My hands float up above me
And you whisper you love me
And I begin to fade
Into our secret place
The music makes me sway
The angels singing say we are alone with you
I am alone and they are too with you

(...)

And so I cry
The light is white
And I see you

(...)

I can feel you all around me
Thickening the air I'm breathing
Holding on to what I'm feeling
Savoring this heart that's healing

Take my hand
I give it to you
Now you owe me
All I am
You said you would never leave me
I believe you
I believe

I can feel you all around me
Thickening the air I'm breathing
Holding on to what I'm feeling
Savoring this heart that's healed"

Flyleaf


July 08, please come back to me again.

Precisava de entrar naquele corredor. Precisava de ouvir algo a chamar-me ao longe. Precisava de entrar naquela sala, e de lá estar o Diogo a tocar para mim aquela música, outra vez. Precisava de sentir que o mundo faz sentido, ainda que fosse só mais uma vez.

Nascemos, vivemos, morremos. Às vezes, não necessariamente por essa ordem.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Gripe AAAAA

Estamos destinados. E contaminados. Fujam!
(clicar na fotografia)

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Amor Combate

Cinco e meia da tarde em Novembro, a chuva não parava de cair e o frio não desistia de me abraçar. Desci as escadas e entrei pela porta de madeira encostada, lá dentro estava quente e a música ambiente tornava tudo muito mais acolhedor, sentei-me num dos sofás de veludo vermelho escuro por baixo de uma fotografia gigante a preto e branco que sempre me chamara a atenção, as paredes castanhas e amarelo torradas faziam com que o calor ali dentro se fizesse notar ainda mais e a chuva a bater nos vidros das janelas já não me incomodava. Pedi um café e acendi um cigarro, o calor começava agora a entrar-me nos ossos e o sobretudo preto tornou-se desnecessário: desapertei-o e encostei-o, abri o pacotinho de açúcar e despejei-o todo no café, que só mexi duas vezes e dei um gole rápido para me aquecer. Fechei os olhos e encostei a cabeça para trás, abanava-a para um lado e para o outro, ao som da música ambiente, o cheiro do meu café sabia-me bem, levei o cigarro aos lábios e puxei, senti o fumo descer dentro de mim e dançar com a música também, depois expirei-o devagar e o som começou a diminuir, a música a acabar. E, de repente, aqueles acordes. Não estava pronta para aquilo. O meu coração acelerou, Eu quero estar lá/ Quando tu tiveres de olhar pra trás, não abri os olhos, Sempre quero ouvir aquilo que guardaste pra dizer no fim, um arrepio percorreu-me a espinha e dentro de mim estava tudo à roda, Eu não te posso dar/ Aquilo que nunca tive de ti, não, eu não podia ter-te dado mais de mim, Mas não te vou negar/ A visita às ruínas que deixaste em mim, a música aumentava de volume, puxei com força o fumo do cigarro, Se o nosso amor é um combate, desta vez não o expirei e deixei que se entranhasse nos meus pulmões, Então que ganhe a melhor parte, aquele som dava cabo de mim, estava a torturar-me e eu não queria que acabasse, aquela voz e aqueles acordes que eu conhecia de cor, mais alto dentro de mim, não parava de repetir aquela frase que me atordoava, O chão que pisas sou eu/ O chão que pisas sou eu/ O chão que pisas sou eu/ O chão…, o chão que pisas sou mesmo eu, sinto-te a crescer dentro de mim, O chão que pisas sou eu/ O chão que pisas sou eu/ O chão que pisas sou eu, aquela voz não pára de me gritar o quão acabada eu estou, não pára de me tentar enterrar mais fundo, O nosso amor morreu/ Quem o matou fui eu, os meus olhos fechados deitam lágrimas, aperto-os com mais força mas ainda assim não as impeço de sair, consigo ver o teu cabelo louro e sentir a tua presença em cada acorde da música, O chão que pisas sou eu, a música fica mais forte, está tudo a andar à roda, ainda de olhos fechados levo outro gole de café à boca, fumo o meu cigarro como se todo o meu mundo dependesse disso, O Chão que pisas sou eu, a música dói-me, aquelas palavras doem-me, tu dois-me, respiro a última vez o cigarro e apago-o com força contra o cinzeiro, Se o nosso amor é um combate/ Se o nosso amor é um combate, abro os olhos de uma vez e a chuva lá fora ainda não parou, as minhas lágrimas acompanham-na e a música continua a gritar, Se o nosso amor é um combate, tu mataste-me, tu ganhaste, tu sempre foste a melhor parte.

Amor Combate - Linda Martini (clicar para ouvir)

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

"The End's Not Near, It's Here"

Quando eu pensava que o próximo passo era o fim, as tuas palavras torceram-me o coração e tiraram-lhe a sensibilidade para sempre – deixaste-me sem alma mas ainda assim preferiste manter-me o corpo – tu não tinhas esse direito. Podias ter-me levado de uma vez, podias ter acabado comigo, arrancar-me o coração definitivamente, mas não – nem disso foste capaz. Preferiste tirar-me o resto de céu que me restava – preferiste fechar o Sol para mim. Tu já nem me dois – se eu não tenho alma não me podes doer. Eu já nem te sinto – mataste-me por dentro, eu já não te posso sentir. Tu nem foste nada – foste só quem teve a última palavra sobre o meu destino, foste apenas um instrumento para realizar o que há muito estava definido: matar-me a alma, não me deixar sentir mais.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

"É só o nada a bater-nos à porta
E a mim importa-me que estejas a meu lado

Enquanto o medo vai dançando à nossa volta."


Eu amo-te.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

I'm under that night, I'm under those same stars.
02.10.2009